domingo, 18 de março de 2012

A Ocupação tem por característica destacar elementos do processo criativo de artistas considerados ícones em sua área de expressão. Nesta edição, com curadoria da arquiteta e designer gráfica Carolina Guaycuru, parte do ambiente de trabalho do cartunista é recriado no espaço expositivo, projetado pela cenógrafa e também arquiteta Patrícia Rabbat.

Com uma produção múltipla e significativa, o cartunista é conhecido por ironizar a vida cotidiana da metrópole, seja ao criar personagens controversos em tirinhas, seja ao emprestar seu humor ácido a charges políticas, ao editar a já extinta revista Chiclete com Banana ou ao se autocriticar numa série de caricaturas na qual é personagem de si mesmo.

Entre as curiosidades da Ocupação Angeli, destaque para a exibição de dois sets restaurados das filmagens de Dossiê Rê Bordosa, curta dirigido por Cesar Cabral com bonecos animados. Um vídeo especialmente produzido para a exposição traz uma entrevista na qual o artista conta fatos marcantes de sua trajetória entre 1970 e 2000, 
relacionados à música, expressão fundamental em sua obra. Quem assina esse trabalho é o produtor musical, sonoplasta e artista gráfico Pedro Angeli, seu filho.


http://www.itaucultural.org.br/ocupacao/

Itaú Cultural  
Av. Paulista, 149 - Bela Vista - Centro. Telefone: 2168-1776.
Quando
terça a sexta: 9h às 20h.
sábado e domingo: 11h às 20h.




quinta-feira, 1 de março de 2012


Cinemateca Brasileira homenageia
 Marilyn Monroe 


Entre os dias 4 de março e 1º de abril, a Cinemateca Brasileira homenageia um dos maiores ícones da cultura cinematográfica mundial, a atriz Marilyn Monroe (1926-1962). Uma exposição de pinturas e fotos e uma mostra com os principais filmes protagonizados pela estrela compõem a programação do evento Quero ser Marilyn Monroe
A mostra de filmes apresenta os principais momentos da trajetória de Marilyn nas telas. Serão exibidos, entre outros clássicos: "Os Homens Preferem as Loiras", "O Pecado Mora ao Lado", “O Inventor da Mocidade” e “A Malvada”.
As atrações se completam com Marilyn Monroe: o fim dos dias, de Patty Ivins Specht, documentário feito originalmente para a televisão e que reconstitui por meio de depoimentos, cinejornais e fotos, os últimos dias de vida da estrela.
A intenção da exposição é uma reflexão sobre essa instigante mulher, sua existência é revivida através dos artistas que a retrataram e dos filmes protagonizados por ela.  Sua vulnerabilidade, sua fragilidade, seu brilho, sua voluptuosidade e demais qualidades e segredos.
Exposição: 04 de março a 01 de abril (todos os dias, das 10h00 às 22h00)  
Mostra de filmes: 04 a 25 de março (terça a domingo. Conferir horários em www.cinemateca.gov.br)  
Local: Cinemateca Brasileira Largo - Senador Raul Cardoso, 207 próxima ao Metrô Vila Mariana - São Paulo/SP
Outras informações: (11) 3512-6111 (ramal 215)

Marilyn with Chanel No_5, 1955


Marilyn Contemporary, de Heidi Popovic 

''Marilyn Monroe at Home'', de Alfred Eisenstaedt e ''Black Bathing Suit # 2'', de Frank Powolny

Peek-a-Boo, litografia de Mel Ramos

Douglas Kirkland, 1961

Marilyn por Cecil Beaton e Henri Cartier-Bresson






segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Um Gato em Paris

Feito de lindas cores e belos traços à mão, Um Gato em Paris é um belo desenho policial com ação, suspense e drama em ritmo pulsante. Tudo isso com a linda paisagem de Paris ao fundo.

Dino é um gato que divide sua vida entre duas casas. Durante o dia, ele vive com Zoé, a filha de Jeanne, uma delegada de polícia. Durante à noite, ele escala os tetos de Paris em companhia de Nico, um ladrão de grande habilidade. Jeanne está investigando vários roubos de joias e ainda precisa cuidar da vigilância do Colosso de Nairóbi um grande monumento cobiçado pelo bandido Costa. 



Outras animações com Paris ao fundo

As bicicletas de Belleville (2003), de Sylvain Chomet

Ratatouille (2007), de Brad Bird 

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Samplear ou não samplear? 
That is the question!!!!!


Tecnobrega é um gênero musical popular surgido no estado do Pará, no início dos anos 2000. Trata-se de uma fusão da tradicional música brega com a música eletrônica, tendo, portanto, a tecnologia como um elemento fundamental. Deriva de ritmos como Carimbó, Siriá, Lundu e outros gêneros populares como o Calypso e guitarradas, incorporando sintetizadores e batidas eletrônicas. O estilo também se destaca por ter se desenvolvido independentemente das grandes gravadoras, criando um mercado com formas alternativas de produção e distribuição.
O mercado tecnobrega gira em torno das festas de aparelhagens, que contam com modernos equipamentos de som, iluminação e efeitos visuais. As festas também servem como local de difusão dos novos sucessos - DJs recebem discos dos produtores e tocam as novas canções. Quando uma música ou um artista se torna um sucesso em uma festa de aparelhagem, a divulgação no mercado aumenta através da reprodução não-autorizada dos discos. A maioria dos artistas do mercado tecnobrega, porém, parece apoiar essa reprodução devido ao aumento da publicidade que ela acarreta.
(Origem: Wikipédia)


terça-feira, 25 de outubro de 2011

"O Mineiro e o Queijo"


O mineiro estava andando pelo mato e chutou uma lâmpada mágica.

Da lâmpada saiu um gênio, e lhe pediu que fizesse três pedidos

O mineiro pensou. . . E pediu um queijo.

O gênio pediu que o mineiro fizesse outro pedido.

O mineiro voltou a pensar e pediu-lhe outro queijo.

Restava-lhe um pedido.

O mineiro pensou, pensou. . .

E disse: Quero uma mulher!

O gênio exclama:

- Se você tivesse pedido quantos queijos você quisesse em um pedido, você teria mas um pedido e agora que você vem me pedir uma mulher!

Eh que eu fiquei com vergonha de pedir outro queijo!




O Mineiro e o Queijo é um documentário político e poético que retrata o  conflito cultural que envolve as produções artesanais centenárias contra novas exigências sanitárias, artificialmente importadas de mercados internacionais.
Tombado como patrimônio nacional o queijo de minas artesanal é produzido dentro de técnicas que se mantém praticamente inalteradas há mais de 200 anos. Está proibido de circular fora do estado de Minas Gerias.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A Carta da Terra
PREÂMBULO
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro reserva, ao mesmo tempo, grande perigo e grande esperança. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos nos juntar para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade de vida e com as futuras gerações.
TERRA, NOSSO LAR
A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, é viva como uma comunidade de vida incomparável. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade de vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todos os povos. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.
A SITUAÇÃO GLOBAL
Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, esgotamento dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos eqüitativamente e a diferença entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causas de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.
DESAFIOS FUTUROS
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais em nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem supridas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais e não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos no meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções inclusivas.
RESPONSABILIDADE UNIVERSAL
Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com a comunidade terrestre como um todo, bem como com nossas comunidades locais. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões local e global estão ligadas. Cada um compartilha responsabilidade pelo presente e pelo futuro bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida e com humildade em relação ao lugar que o ser humano ocupa na natureza.
Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, interdependentes, visando a um modo de vida sustentável como padrão comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos e instituições transnacionais será dirigida e avaliada.

PRINCÍPIOS

I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA
1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.
  1. Reconhecer que todos os seres são interdependentes e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.
  2. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.
2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.
  1. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais, vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas.
  2. Assumir que, com o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder, vem a
    maior responsabilidade de promover o bem comum.
3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.
  1. Assegurar que as comunidades em todos os níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada pessoa a oportunidade de realizar seu pleno potencial.
  2. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a obtenção de uma condição de vida significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.
4. Assegurar a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e às futuras gerações.
  1. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.
  2. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra a longo prazo.
II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA
5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial atenção à diversidade biológica e aos processos naturais que sustentam a vida.
  1. Adotar, em todos os níveis, planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável que façam com que a conservação e a reabilitação ambiental sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.
  2. stabelecer e proteger reservas naturais e da biosfera viáveis, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
  3. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçados.
  4. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que
    causem dano às espécies nativas e ao meio ambiente e impedir a introdução desses
    organismos prejudiciais.
  5. Administrar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha de forma que não excedam às taxas de regeneração e que protejam a saúde dos ecossistemas.
  6. Administrar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis de forma que minimizem o esgotamento e não causem dano ambiental grave.
6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.
  1. Agir para evitar a possibilidade de danos ambientais sérios ou irreversíveis, mesmo quando o conhecimento científico for incompleto ou não-conclusivo.
  2. Impor o ônus da prova naqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que as partes interessadas sejam responsabilizadas pelo dano ambiental.
  3. Assegurar que as tomadas de decisão considerem as conseqüências cumulativas, a longo prazo, indiretas, de longo alcance e globais das atividades humanas.
  4. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
  5. Evitar atividades militares que causem dano ao meio ambiente.
7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
  1. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
  2. Atuar com moderação e eficiência no uso de energia e contar cada vez mais com fontes energéticas renováveis, como a energia solar e do vento.
  3. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias
    ambientais seguras.
  4. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam às mais altas normas sociais e ambientais.
  5. Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.
  6. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito.
8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover o intercâmbio aberto e aplicação ampla do conhecimento adquirido.
  1. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
  2. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar humano.
  3. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, permaneçam disponíveis ao domínio público.
III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA
9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.
  1. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, alocando os recursos nacionais e internacionais demandados.
  2. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma condição de vida sustentável e proporcionar seguro social e segurança coletiva aos que não são capazes de se manter por conta própria.
  3. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem e habilitá-los a desenvolverem suas capacidades e alcançarem suas aspirações.
10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.
  1. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações.
  2. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e liberá-las de dívidas internacionais onerosas.
  3. Assegurar que todas as transações comerciais apóiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.
  4. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais
    atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas
    conseqüências de suas atividades.
11. Afirmar a igualdade e a eqüidade dos gêneros como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.
  1. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.
  2. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias.
  3. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e o carinho de todos os membros da
    família.
12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, com especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.
  1. Eliminar a discriminação em todas as suas formas, como as baseadas em raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.
  2. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas com condições de vida sustentáveis.
  3. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu
    papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.
  4. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.
IV. DEMOCRACIA, NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ
13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e prover transparência e responsabilização no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões e acesso à justiça.
  1. Defender o direito de todas as pessoas receberem informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que possam afetá-las ou nos quais tenham interesse.
  2. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações interessados na tomada de decisões.
  3. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de reunião pacífica, de associação e de oposição.
  4. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos judiciais administrativos e independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos.
  5. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
  6. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas mais efetivamente.
14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
  1. Prover a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
  2. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade.
  3. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no aumento da conscientização sobre os desafios ecológicos e sociais.
  4. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma condição de vida sustentável.
15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
  1. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de sofrimento.
  2. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável.
  3. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.
16. Promover uma cultura de tolerância, não-violência e paz.
  1. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações.
  2. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para administrar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.
  3. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até o nível de uma postura defensiva não-provocativa e converter os recursos militares para propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.
  4. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em
    massa.
  5. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico ajude a proteção ambiental e a paz.
  6. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte.
O CAMINHO ADIANTE
Como nunca antes na História, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa destes princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.
Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável nos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global que gerou a Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca conjunta em andamento por verdade e sabedoria.
A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Entretanto, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade tem um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.
Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacionalmente legalizado e contratual sobre o ambiente e o desenvolvimento.
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação dos esforços pela justiça e pela paz e a alegre celebração da vida. 

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Um exercício de compreensão e concessões

Um Conto Chinês - Sebastián Borensztein, 2011
Desde o início dos anos 2000, a argentina tem nos presenteado com excelentes produções cinematográficas. Isso coincide com o período de crise econômica que abalou a classe média do pais e quebrou os bancos por lá.
A competência de “nuestros hermanos” talvez seja a principal responsável pela criação de  dramas bem elaborados como em “O Filho da Noiva” e “O Segredo dos Seus Olhos”, de Juan José Campanella, “Dois Irmãos”, de Daniel Burman e o vigoroso “Plata Quemada”, de Marcelo Piñero.
Em “Un Cuento Chino” temos a oportunidade de nos deliciar com o excelente e singelo roteiro, construído em cima de minúcias e a belíssima atuação de Ricardo Darín (talvez um dos melhores atores argentinos da atualidade).
Darín interpreta um argentino rabugento (Roberto) que vê sua vida solitária e automática mudar quando cruza em sua vida um chinês que está perdido perdido em Buenos Aires.
Reparem também na econômica trilha sonora, uma mistura de pequenas composições orquestrais com temas chineses que só surge nos momentos oportunos.

 
A vida nos reserva surpresas realmente imprevisíveis, que às vezes nos parecem absurdas e ridículas.
   VIVA!!!!!





O "novo cinema argentino"

 Plata Queimada (2000), de Marcelo Piñero
O Filho da Noiva (2001), de Juan José Campanella
O Segredo dos seus Olhos (2009), de Juan José Campanella
Dois Irmãos (2010), de Daniel Burman


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

domingo, 25 de setembro de 2011